LEITURA 238/2024
Sem dúvida alguma o ponto alto
deste encadernado é a introdução da ilha de Genosha no universo mutante. Arrisco
dizer que, se contasse com uma arte mais linear (Marc Silvestri é ótimo, mas
Rick Leonardi ainda encontrava seu próprio estilo e estava muito aquém do
desenhista titular) as quatro partes desta trama se tornariam um clássico por
si só, no mesmo patamar de Deus ama, Homem Mata ou Dias de um Futuro Esquecido.
Afinal de contas, a ideia de uma sociedade utópica construída sobre a
exploração do trabalho alheio encontra diversos paralelos no mundo real (alguns
bem indigestos). Ao mesmo tempo, as
verdadeiras intenções – e poderes – de Madelyne Pryor vão ficando ainda mais
evidentes, servindo de gancho para o início do arco propriamente dito no
próximo volume desta coleção.
Nas histórias do X-Factor, a
tentativa da mutante Moléstia em se apoderar da nave base, inicialmente
seduzindo o Homem de Gelo, acaba afetando acidentalmente o Fera, Que já vivia
um drama particular, perdendo aos poucos sua inteligência. Já as quatro
histórias dos Novos Mutantes abordam - mais uma vez - a desobediência da equipe
ao seu atual mentor Magneto quando decidem resgatar Lila Cheney de uma criatura
aracnídea alienígena, que também tem uma jovem refém que busca salvar sua
família. Aventura meio extensa e um tanto repetitiva, mas que acaba sendo
relevante por lançar a jovem Illyana de vez em sua personalidade demoníaca, bem
no momento em que o Limbo está vivendo um motim, que será um dos ingredientes
fundamentais para o evento Inferno.
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