LEITURA 309/2024
Demorei para ler esse
encadernado, que é o terceiro do Esquadrão Suicida pela Panini,
escrito por John Ostrander e ilustrado por Luke McDonnell, mas
nunca é tarde para destacar como é bom quando um texto de quase 40 anos
consegue ser tão atual e fluido. São quase 300 páginas que você lê
tranquilamente, sem se aborrecer, sem ficar chato, sem uma infinidade de
subtramas que tiram o foco.
O volume começa com uma bela
surra do Esquadrão no Jihad (e me pergunto se esses vilões poderiam existir nos
quadrinhos atuais), mas o grande ponto de atenção é que, apesar de ser um gibi
de equipe, com ótimas interações entre os membros, o grande protagonista é Amanda
Waller. Diferente da versão atual mais severa e até meio vilanesca, aqui
ela é retratada como uma mulher dura, mas humana. Há subtramas envolvendo a
família dela, tornando a personagem ainda mais rica.
Dali em diante, o Esquadrão passa
a conviver com a trágica possibilidade de ser exposto e, em consequência, extinto.
E é ai que, em meio às tramas envolvendo motivos políticos e de enfretamento a terroristas,
Waller tem uma grande sacada ao mostrar seu time em uma missão pública, visando
melhorar essa imagem enquanto articula nos bastidores, como de costume.
Não dá para esquecer também a impagável
pegadinha com o Capitão Bumerangue, que fazia jogo duplo com a
identidade de Mestre dos Espelhos. A próxima edição já foi anunciada, e trará
pela primeira vez no Brasil a história completa de Conspiração Janus,
que saiu no hoje clássico Superalmanaque DC #2, de 1991, com uma
história a menos. Altamente recomendado.
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