LEITURA 307/2024
Antes de falar sobre esta edição,
a primeira de duas de O Coringa, O Homem Que Parou de Rir, gostaria de
destacar um ponto que me chama a atenção: como os vilões do Batman conseguem se
manter independentes do Morcego. Esta já é a segunda série do Coringa em sequência,
a anterior rolou entre 2021 e 2022, focada nele e no comissário Gordon, numa
perseguição pelo mundo. Também há uma série regular da Hera Venenosa, muito
boa, que venho comentando por aqui, além da Mulher-Gato de sempre, Arlequina, o
Pinguim (nos quadrinhos e na TV), e até o Charada, que ganhou um especial preludio
ao universo cinematográfico. É para se pensar, qual outra galeria de vilões
teria esse potencial, e se, com a saturação de alguns conceitos, um viés
vilanesco não se desenha como saída criativa para esse nicho do mercado.
Voltando para a edição, escrita
por Matthew Rosenberg, que a princípio parece brincar com a ideia de que
existem mais de um Coringa, embora num contexto diferente daquele proposto por
Geoff Johns. O foco aqui é descobrir qual deles é o original e por quem
deveríamos "torcer", com um deles com o perfil de chefe de gangue, frio,
tornando suas ações públicas, enquanto o outro é um verdadeiro lunático, sobrevivente
de atentados quase fatais, perambulando por Gotham com o Capuz Vermelho, Jason
Todd, em seu encalço.
A impressão até o momento é boa,
a trama muito bem amarrada, e até a arte, que não sou muito fã, acabou casando
com todo o clima sombrio e de reviravoltas. A edição também traz histórias
curtas, mas bem-humoradas e com estilo de desenho diferente, focando em um lado
mais cômico e “animated” do Coringa, sempre se envolvendo com alguma heroína ou
vilã, que naturalmente não correspondem a ele. Um contraponto divertido às
histórias mais pesadas e violentas.
Ao final da próxima e última
edição, digo o veredito a vocês.
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