segunda-feira, 25 de novembro de 2024

QUEDA DE X ESPECIAL #3 (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 297/2024

A última edição especial (pelo menos eu acho que é) do evento que finaliza a Era Krakoana dos mutantes, dedicada ao retorno da Miss Marvel Kamala Khan, agora uma mutante (SEM poderes mutantes definidos, frise-se) que se infiltra numa universidade bancada pela Orchis, antagonista do momento.

A curiosidade maior é pela autoria da minissérie aqui compilada, ninguém menos que a jovem atriz que interpreta Kamala no MCU, Iman Vellani, que é fã de quadrinhos. Ela não faz feio, consegue mostrar os conflitos internos da personagem – que são relevantes tanto para a condução como para a conclusão da trama – quanto sua postura confiante como heroína fantasiada, embora não traga nada de novo. Não é ruim, mas também não é bom, apenas...ok.

sábado, 23 de novembro de 2024

SPAWN: ORIGENS #3 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 296/2024

Seguindo na leitura de Spawn, agora pelas edições da Panini, inéditas para mim. De uma maneira bastante peculiar e divertida, o exilado Violador narra seu embate com o (ou um) Spawn Medieval, enquanto Sam e Twitch se aproximam cada vez mais do Soldado do Inferno. 

Em seguida, as motivações de Jason Wynn - e do governo dos EUA - para o assassinato de Al Simmons são mostradas, num arco de três partes escrito por Grant Morrison e com arte de Greg Capullo, que traz a estreia do Anti-Spawn, criado pelas hordes celestiais para dar fim à Cria do Inferno. E é aqui que eu me arrisco a perder leitores ao afirmar que, sem a arte de McFarlane, o título perde boa parte de sua identidade. 

Honestamente, nunca achei Capullo grande coisa, principalmente na Marvel. Na minha opinião, sempre foi mais um aspirante a Jim Lee, sem nada que demonstrasse muito potencial. Dessa forma, os embates entre Spawn e seu antagonista, e toda a viagem morrisoniana sobre as origens de ambos, perdem muito sem a arte característica do criador. Capullo tem uma narrativa trivial, sem chamarizes (até aqui, pelo menos). 

Fecha a edição um arco chatíssimo em duas partes, onde o famoso mágico Houdini aparece para orientar Spawn nos caminhos da magia, enquanto confrontam mafiosos ucranianos que colocam em risco seu amigo Terry. 



X-MEN #74 (Panini, Setembro/2024)

 



LEITURA 295/2024

Três narrativas principais concorrendo, e com bons momentos em todas elas. Até X-Men Vermelhos, que eu reclamei no mês passado, empolgou agora. Tempestade e seus aliados enfrentam os Filhos do Apocalipse, e a chegada do próprio En Sabah Nur muda radicalmente o jogo e o nível de poder no confronto. Gênesis está bem ferrada.

Aprisionados pela Orchis, Fanático e Ciclope se tornam decisivos numa investida arriscada de Flama – que está agindo como agente infiltrada, e os demais X-Men sobreviventes, depois de pedirem ajuda ao Quarteto Fantástico, vâo à Europa para se reunir com um aliado improvável.

Já o time “sombrio” de Maddie Pryor segue tentando resgatar mutantes perdidos, alguns à contragosto, e o revide da Orchis vai envolver uma conhecida figura aracnídea. O timing dessa leitura foi curioso e acabou ajudando, considerando minha revisitação ao arco Inferno e as edições atuais da Saga do Clone.

Tem até uma história curta na Ilha das Cobras, aqui no litoral paulista, estrelada por Mancha Solar e a Garota Tubarão.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

CORINGA: O MUNDO (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 294/2024

Seguindo o modelo da edição Batman: O Mundo lançada em 2001, diversas duplas criativas do mundo trazem histórias focadas no Palhaço do Crime. A ideia em si é ótima, mas o resultado me pareceu bastante inferior ao modelo original, incluindo ai a versão brasileira, que de reconhecível ao país tem apenas a participação sonsa de uma personagem local e um grito de guerra de torcida de futebol. Uma pena.

O grande equívoco, comum a várias das histórias apresentadas, é mostrar o Coringa como uma ideia, uma inspiração de anarquia e revolução. Não acho que essa seja a abordagem que o personagem merece, nem para a qual foi criada. Muito mais acertada, na minha opinião, ele servir como modelo de crime, como fez a dupla criativa argentina, uma das minha preferidas no volume, ao lado da alemã, da turca e da polonesa.

No final das contas, o melhor momento do volume acabou sendo o conto dos tradicionais Geoff Johns e Jason Fabok (também responsável pela capa), que entendem do Palhaço como poucos (no mundo).

VENOM #12 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 293/2024

Eddie Brock está de volta, mas de uma maneira bem diferente. A ideia do “simbionte humano” é bastante interessante, e a arte do espanhol CAFU garante bons momentos para essa nova etapa.

A exemplo do gibi do Aranha, as versões alternativas de Venom também preenchem as páginas dessa mensal  - preparação para mais um evento de Multiverso, tsc - , mas elas me parecem mais criativas do que as de Peter Parker. Aqui temos a Gata Negra com simbionte, um Eddie Brock artificial, o Venom de 1602 e a Presa Negra, versão pré-histórica da criatura.

Seguem também as histórias de Miséria – o simbionte de laboratório de Liz Allen – e da Halloweva. As duas são interessantes, com tramas bem amarradinhas, mas já parecem criar “barriga” para durar o suficiente para virarem encadernados.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

BATMAN/SUPERMAN: OS MELHORES DO MUNDO #22 (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 292/2024

Eu vinha desgostoso com esse título e o “surto criativo” de Mark Waid em reescrever o passado da DC, mas esse encontro entre Lex Luthor e o Coringa – descontado a bobagem de ser o “novo primeiro encontro” – me agradou, graças também à arte de Steve Pugh. A dupla de criminosos, buscando mais poder, se mete num conhecido canto do Universo DC, porém a situação se revela areia demais para o caminhão dos dois.

Tem início também um novo arco envolvendo a morte de duendes da Quinta Dimensão (que mais parecem os antigos Superjuniors) e o Senhor Mxyzptlk vem pedir ajuda aos Melhores do Mundo. Parece que será divertido.

X-MEN: INFERNO #6 (Panini, Outubro/2018) e A SAGA DOS X-MEN #26 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURAS 290 e 291/2024

Leitura dupla para finalmente encerrar a saga Inferno e voltar a acompanhar as edições da Saga, e já que neste volume só duas aventuras não fizeram parte dos encadernados do evento, mais objetivo comentar tudo junto.

Naturalmente, a edição final da coleção tem muitos outros episódios, com destaque para os inéditos, como as tramas de Manto & Adaga e do Quarteto Futuro, focados no “dia seguinte” aos acontecimentos que assolaram Nova Iorque, e encerrando tramas destes títulos que ficaram estavam em aberto (embora coubesse uma contextualização melhor do título da dupla).

Chegamos ao aguardadíssimo embate entre X-Men e X-Factor, com toda a carga emocional do reencontro entre antigos familiares que se imaginavam mortos e agora encontram-se em lados praticamente opostos de um embate fatal, manipulados por uma aliada próxima. Chris Claremont conhece todos como seus (e alguns de fato são) e leva tudo com muita competência, sem frustrar qualquer expectativa ou pontas soltas. O mesmo vale para o trabalho de Marc Silvestri, com momentos relevantes para todos os envolvidos.

Resolvida - a duras penas - a ameaça infernal, é hora de encarar o grande responsável pela tragédia de Madelyne Pryor, o Senhor Sinistro, que se revela envolvido também nas origens dos irmãos Summers. É nesse momento que essa versão completa se mostra ainda mais relevante, já que publicação original pela Editora Abril suprimiu vários momentos, como a  viagem pelo plano mental conduzido por Psylocke, onde boa parte das motivações são explicadas, e também as passagens envolvendo Jean, Madelyne e a Fênix, que esclarecem as questões envolvendo as memórias de cada uma.

A passagem do Excalibur pelo evento também é encerrada, sem nenhum envolvimento com as equipes principais (uma pena), e acompanhamos o funeral de Madelyne Pryor, pouco antes de mais um embate do X-Factor com a Babá, resolvendo a trama do desaparecimento dos sobrinhos de Jean Grey.

A ressaca do evento é mostrada nas duas divertidas aventuras que me fizeram voltar à Saga, a primeira focada na noite das garotas num shopping de Los Angeles, onde é apresentada a adolescente Jubileu, e a segunda uma sátira do evento Invasão! da DC Comics, quando os homens da equipe saem para se divertir na Austrália, com desenhos de Rob Liefeld. 

No geral, uma boa releitura de um dos meus eventos favoritos da Marvel, conduzido por ótimas equipes criativas e editoriais, que segue inspirando tramas e personagens da editora até os dias atuais. Uma pena que as histórias interligadas de alguns títulos - Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Vingadores - não foram compilados pela Panini. 


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

LANTERNA VERDE #8 (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 289/2024

Já devo ter escrito isso outras vezes, mas sempre gosto de ressaltar: se você procura um gibi de heróis leve, ágil, sem enrolação e naquele clima “das antigas”, Lanterna Verde é a melhor opção. A equipe dos Lanternas dos Planetas Unidos parte para cima de Hal Jordan, que finalmente decide tomar uma atitude contra a quarentena do planeta Terra.

O título de John Stewart melhorou bastante no quesito ação, e antes de enfrentar os Mortos Radiantes passa por momentos emocionantes com sua mãe debilitada. Phillip Kennedy Johnson até demorou um pouco aqui, mas emplacou mais um bom trabalho.  

UNIVERSO ULTIMATE (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 288/2024

Eu estava bem reticente em embarcar nessa nova versão do universo Ultimate da Marvel. Estava lá em 2000, deixei de lado por volta de 2012 quando a criatividade passou a ser limitada por remakes de histórias consagradas, e confesso que me senti validado quando aquela realidade foi apagada nas Guerras Secretas de 2015.

Mas que mal poderia fazer uma nova tentativa? Afinal estamos lendo histórias “alternativas” a todo momento, essa seria só mais uma afinal. E a melhor coisa é que a proposta aqui não é retomar aquela realidade do início desde século, mas sim uma nova criada dos anseios de um vilão – cuja ameaça sempre ficou pendente – que lembra um pouco a dinâmica da Era do Apocalipse, e da mesma forma, parece ter um prazo de validade (meu colecionismo agradece).

O responsável pela nova versão é o já consagrado Jonathan Hickman, que vem de trabalhos históricos nas principais equipes da editora, e a arte competente de Bryan Hitch serve para afagar os veteranos da primeira jornada. A decisão de lançar os títulos em encadernados próprios me parece acertada, então vamos ver no que vai dar.

HERA VENENOSA #2 (Panini, Dezembro/2023)

 


LEITURA 287/2024

Demorei, mas retomei a leitura dessa boa série de G. Willow Wilson para a antagonista de Batman, que segue sua jornada para eliminar ameaças ambientais, enquanto precisa lidar com o crescimento de uma ameaça em seu próprio corpo. Sem muito maniqueísmos, mostrando que mesmo os motivos nobres podem ser buscados por métodos questionáveis e cruéis.

Esta edição investe também nos relacionamentos de Pamela Isley, com uma participação – até um tanto sem sentido – da Arlequina e da “moça do RH” Janet, evidente na visita da dupla a um resort “good vibes” para mulheres, momento em que sua luta interna passa a repercutir no mundo externo, e se torna ameaça relevante. Um ótimo trabalho do desenhista brasileiro Marcio Takara.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

SPAWN #12 (Abril Jovem, Fevereiro/1997)

 


LEITURA 286/2024

É hora de cross! Spawn invade o QG do Youngblood para capturer Chacina e leva-lo para uma surra. Boa oportunidade de conhecer os integrantes da equipe – especialmente Badrock – e ver o Soldado do Inferno ir à desforra. Enquanto isso, Terry Fitzgerald (marido de Wanda Blake) está preocupado com o fato de sua família ser alvo de sua antiga agência, e a dupla de detetives Sam e Twitch está prestes a voltar às ruas para retomar a caçada ao uniformizado que os complicou.

Essa foi a última edição que comprei à época do lançamento, e se naquele momento o ritmo não me motivou a seguir, agora tem me parecido uma leitura bem ágil para passar o tempo sem precisar prestar muita atenção, o que já é um entretenimento suficiente. Sigo pelos encadernados da Panini agora.

AVANTE, VINGADORES! #7 (Panini, Setembro/2024)



 LEITURA 285/2024

Depois da porradaria intensa entre o Capitão América e o Capitão Krakoa, a nova versão de Frente de Libertação Mutante dá no pé, e Steve Rogers tenta reorganizar sua equipe, lidando já de cara com a tentativa de Vampira assumir a liderança, mas por um bom motivo. Segue me agradando demais esse título, com ótima arte, ação e interações entre os integrantes.

Já o novo arco do trabalho de J. Michael Straczynski no Capitão América parece tão surpreendente quanto o primeiro, mas com pitadas de estranheza e bizarrice, praticamente um Steve Rogers esbarrando em David Lynch. Uma mulher misteriosa encontra o Capitão e o direciona para um lugar medonho.

E segue a saga do Pantera Negra vigilante urbano em Wakanda, com uma pesada no tempero típico (achei exagerada a tentativa de criar tantos nomes locais) e um crossover inesperado como gancho para a próxima edição. É uma fase diferente e promissora, porém morna, e já começo a achar que não atingirá seu potencial.

domingo, 17 de novembro de 2024

SUPERMAN #13 (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 284/2024

Histórias bacanas com o Bizarro são raras, e essa aqui, parte da iniciativa de trazer grandes nomes da indústria para escrever o Superman – no caso, Jason Aaron – não é uma delas, infelizmente. Para resumir, o bicho se envolve com magia e espalha uma maldição sobre Metropolis. É algo como fazer Magneto passar a bater carteiras.

Não muito melhor, mas pelo menos com uma arte bonita do brasileiro Eddy Barrows, é a aventura de Supergirl e Caçador de Marte enfrentando Apocalypse no Inferno, que é complementada por uma curta do esquecido Bloodwynd. Edição fraquíssima neste mês.

sábado, 16 de novembro de 2024

MARVEL AGE 1000 (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 283/2024

A Marvel segue na sua tentativa – até meio constrangedora – de emplacar edições milenares na sua história editorial, coisa que nem o polêmico e marqueteiro Joe Quesada tentou fazer. Factoides à parte, essa é mais uma antologia de historias curtas, estreladas por figuras relevantes – uma delas nem tanto – da editora, e surpreendentemente boas em sua maioria. Meus destaques ficam para o Capitão Marvel de Dan Slott e do casal Allred (quero uma minissérie disso!), Demolidor por Adam Kubert, Surfista Prateado por Steve McNiven, e as duas histórias estreladas por “desconhecidos”: A Garota que Odeia Super-Heróis, de Jason Aaron, que prometia muito, mas acabou se conformando com um final previsível; e a excelente Observações a Partir do Quintal, onde J. Michael Straczynski e Kaare Andrews apresentam uma nova visão sobre o nascimento da Marvel, que acaba sozinha valendo todo o gibi.  

SPAWN #11 (Abril Jovem, Janeiro/1997)

 


LEITURA 282/2024

McFarlane retorna aos roteiros, misturando os momentos pin-ups com recordatórios, típicos das primeiras edições, com desenrolar das tramas que vinham sendo construídas anteriormente, encontrando um equilíbrio interessante de acompanhar. As lembranças do passado de Al Simmons estão cada vez mais vívidas, e a nova família de sua viúva Wanda se torna alvo de seus antigos patrões. Em meio à tentativa desastrada de um de seus amigos moradores de rua vestir sua máscara, Spawn finalmente lembra de seu assassino: o integrante do Youngblood Capela.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

STAR WARS #6 (Panini, Fevereiro/2024)

 


LEITURA 281/2024

Nem só de histórias fora da cronologia vive o fã de Star Wars, e finalmente encontrei esta edição da série principal da linha, ainda antes do evento Dróides Sombrios, que até já comentei por aqui.

As figuras centrais da Aliança Rebelde, ao buscar por um antigo comboio de combustíveis, se perderam no misterioso Não-Espaço, e tentam encontrar uma maneira de retornar à sua galáxia, com ajuda dos locais. O interessante aqui é o inesperado envolvimento de Lando Calrissian com Amilyn Holdo, além da constante evolução de Luke no uso da Força.

As histórias seguintes têm foco na busca de Skywalker para construir seu próprio sabre de luz; e numa investida de Lando e Chewbacca em Coruscant, com significado importante para a Rebelião. São histórias bem escritas e desenhadas, que complementam de maneira consistente as tramas dos filmes.

A SAGA DO BATMAN #6 (Panini, Setembro/2024)

 


LEITURA 280/2024

Com Bruce Wayne em recuperação – e eu tinha a impressão de que ele demorava mais tempo para sair da cama, mas aqui já até arrisca bater nuns meliantes, na cadeira de rodas – Jean Paul Valley assume o manto do Morcego e, ao lado de Robin, já começa a dar mostras de seu temperamento extremo – que eu também lembrava de demorar mais tempo para acontecer – na lida com os criminosos.

A primeira missão solo do novo Batman envolve um ataque avassalador do Espantalho, ao mesmo tempo em que o Anarquia vai acompanhando os eventos de longe para lidar ele mesmo com o vigilante, que considera responsável por todo o caos da cidade.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

X-MEN: INFERNO #5 (Panini, Setembro/2018)

 


LEITURA 279/2024

Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo nos diversos títulos afetados pela invasão infernal a Nova Iorque, mas a ordem proposta na edição ajuda bastante no acompanhamento, sem antecipar nada crítico, e deixando a leitura bastante fluída. Novos Mutantes e Exterminadores atuando em conjunto na libertação das crianças utilizadas no portal de Nastirh, enquanto toda a trama de Illyana Rasputin como regente demoníaca chega ao fim com sacrifico e uma nova chance, com a participação (e reencontro) com seu irmão Colossus.

O olhar da população da cidade é bem explorado nas histórias (inéditas aqui até então) do Quarteto Futuro, mas o mais relevante nelas é o aguardado momento em que seus pais finalmente descobrem sobre os poderes das crianças e o que houve com elas desde o início de seu título, em meio ao confronto decisivo com o agora demonizado Bicho-Papão, seu principal antagonista.

A ameaça repercute com Rachel Summers, agora membro do Excalibur, que cruza o Atlântico para resgatar seu irmão, com seus colegas de equipe logo atrás. Na época de sua primeira publicação, a Editora Abril ainda não tinha começado a publicar as aventuras da equipe radicada na Inglaterra, então sua participação só foi vista aqui depois que todos já sabiam no que aquilo tudo ia dar, tirando um pouco do impacto e do sentido de envolvimento geral.

No “centro” da trama, os X-Men vão finalmente à desforra contra os Carrascos, mais violentos do que nunca (reflexo do clima infernal que se estende pela cidade), enquanto Madelyne Pryor finalmente descobre sua verdadeira origem e pontua suas intenções em relação ao bebê Nathan, quando finalmente reencontra seu marido Scott Summers. A trama converge para o inevitável (e aguardadíssimo encontro) entre X-Men e X-Factor na próxima e última edição da coleção.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

SPAWN #10 (Abril Jovem, Dezembro/1996)

 


LEITURA 278/2024

Ué, edição 10 de novo?? Sim, porque a Abril não pôde publicar a edição de Dave Sim na época e esta edição #11 original acabou sendo a décima aqui. Frank Miller encerra a quadra de escritores consagrados no título, com a história mais “comum‘” do pacote. O beco onde Spawn vive com seus amigos moradores de rua está no meio de uma guerra de gangues, e depois de um assassinato, cabe ao Soldado do Inferno castigar os culpados. Só isso.

ZORRO (JBraga Comunicação, Junho/2024)

 


LEITURA 277/2024

Reimpressão muitíssimo bem-vinda deste volumão da JBraga, compilando histórias produzidas pela Disney no final dos anos 50. Algumas eu até cheguei a ler nuns Almanaques Disney da vida, há muito tempo, mas fiz questão de adquirir e revisitar, considerando o ótimo trabalho que a editora vem desenvolvendo.

A arte é bem acima do padrão daquele período, graças ao excepcional Alex Toth, e seus roteiros são diretos e bem construídos, sem recordatórios intermináveis, cheios de ação e bom humor, lembrando muito o material da Bonelli. Para surpresa de muitos, as histórias têm ordem cronológica e uma divisão não-assumida em arcos, o primeiro apresentando o herói e seu embate com o corrupto Capitão Monastério, que mandava e desmandava em Los Angeles; em seguida, o misterioso Águia, com aspirações de dominação política. Material tão bem feito, que proporciona uma leitura agradável e divertida, num ritmo tão ágil, que consegue afastar rótulos de ingenuidade e datação.  

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

HOMEM-ARANHA: A SAGA DO CLONE #4 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 276/2024

Com quase 200 páginas, este volume traz mais dois arcos completos da famigerada saga título, um protagonizado pelo Aranha Escarlate (nos títulos originais Web of Spider-Man e Spider-Man), o outro pelo Aranha (ao longo das edições de Amazing e Spectacular Spider-Man).

E aqui a coisa já começa a desandar, notadamente na aventura do clone, combalido e tendo de enfrentar o misterioso Kane e o Caçador Sinisto (filho de Kraven). Terry Kavanagh e Todd Dezago são dois dos principais expoentes dos piores momentos dos anos 90 não por acaso, e a trama é cheia de momentos banais e diálogos ruins. Perto deles, Howard Mackie, que escreve um dos capítulos, se sobressai com alguma competência, acompanhado pela arte de Tom Lyle.

No segundo arco, J. M. DeMatteis (principalmente) e Tom deFalco levam com muita categoria o drama de um Peter Parker às portas da morte (literalmente) e a motivação de um de seus maiores inimigos (Otto Octavius) para salvá-lo. Bem construída, bem desenhada (e a arte-final de Bill Sienkiewicz sobre os desenhos de Sal Buscema me agrada muito) e com vários momentos emocionantes.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

SPAWN #10 (Image Comics, Maio/1993)

 


LEITURA 275/2024

A polêmica edição do quadrinhista independente Dave Sim, que ficou inédita aqui no Brasil até este ano, quando a Panini trouxe a fase clássica do Spawn em encadernados. De maneira muito criativa, Sim usa o personagem como avatar do próprio Todd McFarlane e seu papel na iniciativa de garantir controle sobre criações artísticas frente aos interesses comerciais das grandes editoras, sem esquecer da importância familiar na sua rotina.

Com diversas participações especiais que vão desde sua criação Cerebus (um símbolo dos quadrinhos independentes) como guia da jornada, passando por diversos personagens da Marvel e da DC, até a própria filha de McFarlane, um interlúdio bastante interessante, ainda mais levando em consideração todo o contexto da época da criação da editora.

QUEDA DE X ESPECIAL #2 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 274/2024

Mais um encadernado das minisséries paralelas à reta final da fase krakoana dos mutantes. O primeiro arco completo é o do Fabuloso Homem-Aranha, identidade criada (e aprovada pelo original) por Noturno para atuar em Nova Iorque sem chamar (muito) a atenção). Mas logo se vê perseguido pelos mercenários de Silver Sable e, claro, pela Orchis, que está empregando Adrian Toomes, o Abutre, entre seus principais cientistas.

E gostei bastante, nem parece o mesmo Si Spurrier que vem apresentando um trabalho medíocre no Flash. Noturno agindo como sua melhor versão, bem-humorado, corajoso, sedutor, muito distante do reflexivo dramático dos últimos tempos, porém sem simplesmente apagar esses momentos. O arco contou ainda com boa arte e participações especiais interessantes, em meio a ótimas cenas de ação.

Este volume traz também a nova minissérie da Tropa Alfa pelo ótimo Ed Brisson, que apesar dos queixos pontudos dos personagens (uma onda bem comum nas artes atuais de quadrinhos), traz uma história empolgante e cheia de reviravoltas, e nem posso comentar muito para não estragar a experiência de quem ainda não leu. Basta dizer que a equipe liderada pelo Guardião está caçando mutantes para seu governo, nos moldes do X-Factor original. Aqui também o autor respeita toda a história pregressa dos personagens, e os reestabelece de maneira digna na cronologia atual.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

MULHER-MARAVILHA & FLASH #5 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 273/2024

Já sem medo de parece exagerado, afirmo com convicção que o trabalho da dupla Tom King e Daniel Sampere caminha para se tornar um dos melhores de toda a trajetória editorial da Mulher-Maravilha, e aqui a dupla mostra mais uma vez por que está acima da média do quadro criativo atual. Enquanto Steel recruta um exercito de velhos inimigos da Amazona para uma ofensiva avassaladora, a heroína quer afastar suas “moças-maravilhas” de sua guerra, disputando desafios propostos por elas. As ações intercaladas, e os detalhes das cenas – como o recrutamento de Circe e o desafio das flechas, por exemplo – só vêm reforçar a criatividade dos autores.

Não posso falar o mesmo sobre a estática (quase literalmente) fase do Flash, que mesmo focando agora no outro filho de Wally (Jai West), e com a maneira que ele lida com seus poderes, tem narrativa lenta (impressionante), texto chato e pretensioso, e pouquíssima ação. Tomara que termine logo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

STAR WARS: O IMPÉRIO #2 (Panini, Dezembro/2023)

 


LEITURA 272/2024

Dois ótimos arcos estrelados por Darth Vader, sendo que o primeiro – O Punho do Tirano – foi um dos últimos produzidos pela Dark Horse para a linha Star Wars. Ainda nos primeiros momentos de afirmação do Império, Vader chega a um planeta que venera os Jedi, e o desafio não é apenas dar fim em mais um sobrevivente do expurgo, mas também mudar a visão que povo tem sobre seus protetores.

O segundo arco – Darth Vader e o Esquadrão Perdido – já foi publicado pela própria Panini,  conta com a boa arte do veterano Rick Leonardi, e explora bastante o conflito interno de Anakin Skywalker, convivendo com lembranças de Padmé e do que poderia ter sido sua vida se tivesse apoiado os Jedi, ao mesmo tempo em que procura pelo filho desaparecido de Moff Tarkin. 

 

domingo, 3 de novembro de 2024

A SAGA DOS VINGADORES #7 (Panini, Agosto/2024)

 


LEITURA 271/2024

Tramas dos Vingadores pedem por epicidade, e nada mais épico do que confrontar os deuses do Olimpo. Tá certo que o motivo é meio torto (Zeus é tão sábio e realmente acredita que foram os Vingadores que machucaram Hércules), mas tudo tem um clima tão pujante, tão clássico – graças também à arte de John Buscema – que essa conclusão acaba se tornando um dos momentos mais marcantes da longa história da equipe. E vejam, o editorial da época era tão afiado, que encontram tempo para um rápido epílogo para ciscar no sumiço do Capitão América, que em seu título estava em crise com o governo americano, abandonou o uniforme, e passava a atuar como o renegado Capitão.

Já as duas histórias que encerram o volume, tiradas dos anuais da equipe e de sua versão da Costa Oeste, parecem vindas diretamente dos anos 60, pela arte e ritmo narrativo (e até o texto) totalmente destoantes. Trata-se de uma sequência para a minissérie Torneio de Campeões (que teve um erro editorial bizarro na conclusão), colocando as equipes para lutar entre si com uma razão chinfrim, uma participação insossa do Surfista Prateado, e depois uma segunda rodada contra um time de falecidos. Entendo perfeitamente a publicação na coleção, mas lamento a queda sensível no nível das histórias.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

SPAWN #9 (Abril Jovem, Novembro/1996)

 


LEITURA 270/2024

Em poucas páginas, o autor Neil Gaiman - escritor convidado para esta edição - já conseguiu criar uma mitologia para o Spawn, mostrando uma versão antepassada medieval, e sua predadora natural, a caçadora Ângela. Nos dias atuais, Al Simmons conhece, entre seus amigos moradores de rua, o misterioso Conde Cagliostro, que parece saber muito sobre sua origem e seus poderes, mas qualquer explicação fica para depois, já que Ângela aparece para enfrentá-lo - sendo rapidamente derrotada - e Spawn, ao interagir com a arma deixada pela caçadora, acaba desaparecendo.