LEITURA 271/2024
Tramas dos Vingadores pedem por epicidade,
e nada mais épico do que confrontar os deuses do Olimpo. Tá certo que o motivo
é meio torto (Zeus é tão sábio e realmente acredita que foram os Vingadores que
machucaram Hércules), mas tudo tem um clima tão pujante, tão clássico – graças
também à arte de John Buscema – que essa conclusão acaba se tornando um dos
momentos mais marcantes da longa história da equipe. E vejam, o editorial da
época era tão afiado, que encontram tempo para um rápido epílogo para ciscar no
sumiço do Capitão América, que em seu título estava em crise com o governo
americano, abandonou o uniforme, e passava a atuar como o renegado Capitão.
Já as duas histórias que encerram
o volume, tiradas dos anuais da equipe e de sua versão da Costa Oeste, parecem
vindas diretamente dos anos 60, pela arte e ritmo narrativo (e até o texto)
totalmente destoantes. Trata-se de uma sequência para a minissérie Torneio de
Campeões (que teve um erro editorial bizarro na conclusão), colocando as
equipes para lutar entre si com uma razão chinfrim, uma participação insossa do Surfista Prateado, e depois uma segunda rodada
contra um time de falecidos. Entendo perfeitamente a publicação na coleção, mas
lamento a queda sensível no nível das histórias.
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